04 janeiro 2015

E agora o que farão Dhlakama e Renamo? (4)

- "Nampula, 30 dez (Lusa) [2011] - O líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, garantiu hoje que as manifestações, que visam destronar o Governo da FRELIMO do poder, vão realizar-se "a partir da primeira quinzena de janeiro". Aqui.
- "A Renamo, principal partido de oposição em Moçambique, anunciou hoje a realização de "marchas políticas" em todo o país contra os resultados das eleições gerais de 15 de Outubro, considerando-as "as mais fraudulentas da história". Aqui.
Quarto número desta série. Prossigo com as hipóteses. Escrevi no número anterior que no discurso de Afonso Dhlakama tudo ou quase tudo parece contraditório, irregular, sem lógica. O problema é que tudo nele é, afinal, pleno de lógica, que toda a sua aparente irregularidade é plenamente regular. Na verdade, o que se passa é a transposição da guerrilha física (na qual por muitos anos ele foi e continua a ser o comandante) para a guerrilha discursiva, simbólica. A guerrilha discursiva, simbólica, replica a coluna vertebral da guerrilha física, na qual a irregularidade permanente, versátil, do guerrilheiro, faz face à regularidade do exército estatal.

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