03 janeiro 2015

E agora o que farão Dhlakama e Renamo? (3)

"Nampula, 30 dez (Lusa) [2011] - O líder da RENAMO, Afonso Dhlakama, garantiu hoje que as manifestações, que visam destronar o Governo da FRELIMO do poder, vão realizar-se "a partir da primeira quinzena de janeiro". Aqui.
Terceiro número desta série. Vou colocar-vos algumas hipóteses. O discurso de Afonso Dhlakama é, em muitos círculos, sistematicamente avaliado de duas maneiras: por um lado como exercício de permanente incongruência; por outro como puro veículo castrense. Vamos ao primeiro ponto. Na verdade, o discurso de Dhlakama oscila muitas vezes entre a afirmação A num dado momento e a afirmação contrária B algum tempo depois, entre o sim no momento A e o não no momento B, entre a ofensiva no nomento A e a defensiva no momento B. Tudo ou quase tudo nele parece contraditório, irregular, sem lógica. O problema é que tudo nele é, afinal, pleno de lógica, que toda a sua aparente irregularidade é plenamente regular. O que pretendo dizer?
Adenda às 05:22: o acordão n.º 21/CC/2014 de 29 de Dezembro do Conselho Constitucional continua a não estar disponível aqui, mas pode ser consultado aqui.
Adenda 2 às 12:40: segundo o "Diário da Zambézia" digital, Dhlakama orienta hoje um comício no campo de Chirangano, cidade de Quelimane. Aqui.
Adenda 3 às 16:07: "A Renamo, principal partido de oposição em Moçambique, anunciou hoje a realização de "marchas políticas" em todo o país contra os resultados das eleições gerais de 15 de Outubro, considerando-as "as mais fraudulentas da história". Aqui.

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