04 novembro 2013

Cenários pós-Santungira (14)

Décimo quarto número da série. Prossigo no primeiro dos cinco pontos do sumário proposto no número inaugural, com a indicação expressa de que em todos eles apenas terei em conta pequenas hipóteses que, absolutamente, precisam ser testadas. 1. O significado de Santungira. Entro, agora, no último dos nove pontos propostos aqui, com a seguinte formulação - Nampula e Santungira: aposta política no sacrifício, na frugalidade, na heroicidade e na fidelidade.  O conjunto dos fenómenos anteriormente apresentados está na origem da transformação primeiro de Nampula e depois de Santungira, em centros da recondução da Renamo ao aguilhão do seu nascimento e da sua vida castrense. O clímax estava a ser Santungira, lá onde o seu presidente tinha criado uma espécie de palácio governamental sombra, de governo político alternativo, lá onde dava conferências de imprensa, lá onde se abria ao mundo das parangonas, lá onde repetia que sem Renamo não era possível a vida política do país, lá onde, opondo-se ao fausto de Maputo, vivia numa casa modesta protegido pela sua guarda pretoriana trajada de verde. Mas tudo isso não dizia unicamente respeito ao resgaste da história, pois era, também, um processo compensatório e uma luta contra o efeito haloSe não se importam, termino amanhã este nono ponto, para entrar no segundo ponto do sumário geral, com a seguinte formulação: 2. O cenário da guerrilha líquida de baixa intensidade.
(continua)

Adenda às 15:00: "TIM/Facebook" e "@Verdade/Facebook" referem um novo ataque no troço Save/Muxúngué. Aqui e aqui.
Adenda 2 às 15:05: nenhuma referência, ainda, na "Rádio Moçambique".
Adenda 3 às 16:29: "Até agora, as condições de segurança estão lá, existem, mas se nos dias antecedentes à votação não houver condições de segurança ou acontecerem ataques, os eleitores não se sentirão seguros, estarão inquietos, e aí as eleições podem ser adiadas", disse Abdul Carimo."
Adenda 4 às 20:20: segundo a estação televisiva "STV" no jornal da noite das 20 horas, no ataque mencionado na adenda 1 ficaram feridos um moçambicano e um sul-africano.

1 comentário:

nachingweya disse...

Em 1977 comecou assim mesmo; assalto na estrada de Tete ,tecnicos da Sher mortos, assalto ao autocarro, pessosas mandadas despir e seguir viagem, linha ferrea torsida em Kambulatsitsi, etc..etc ate ao dia 04 de Outubro de 1992.
E o Estado tinha helicopteros de guerra, paiois como o de Malhazine em todas as provincias, MiGs etc, etc.