03 novembro 2013

Cenários pós-Santungira (13)

Décimo terceiro número da série. Prossigo no primeiro dos cinco pontos do sumário proposto no número inaugural, com a indicação expressa de que em todos eles apenas terei em conta pequenas hipóteses que, absolutamente, precisam ser testadas. 1. O significado de Santungira. Escrevi no número anterior em relação ao ponto oito dos nove propostos aqui que recursos naturais são recursos de poder extremamente desejados e que a Renamo aspira a partilhá-los. Essa é uma das razões por que Santungira é (talvez fosse melhor dizer "era"), também, a expressão física dessa vontade. Os recursos de poder desse tipo permitem alimentar múltiplas redes clientelistas alicerçadas na fidelidade pessoal e política. Ora, num país no qual as elites seguem com extrema atenção as revelações do grande Capital internacional sobre as riquezas existentes em terra e mar, a Renamo não tem com que assegurar em permanência, autonomamente, a fidelidade dos seus membros e dos seus apoiantes, para além, ao que parece, do fundo de cerca de três milhões de meticais que recebe anualmente do Estado por ser um dos partidos com assento na Assembleia da República. Se não se importam, prossigo amanhã.
(continua)
Adenda às 6:57: uma boa notícia aqui.

1 comentário:

Salvador Langa disse...

A boa notícia durou pouco tempo.