13 fevereiro 2015

Política e Capital não têm "tribo" (4)

"A categorização dos povos africanos em “tribos” remonta ao período da colonização e ainda hoje pode ser lida nas páginas dos jornais, pois os conflitos africanos chegam às salas de redação do mundo todo com manchetes prontas, geralmente provenientes das agências de notícias norte-americanas ou européias.” Aqui.
Quarto número da série. Prossigo com as hipóteses. Recordo um extracto do número anterior, referente à opinião de um analista do país, a saber: "[...] Nyusi representa também interesses dos makondes, da etnia dele, dos antigos combatentes, que têm também agendas próprias e interesses muito próprios que em condições normais não são compatíveis com os interesses de Guebuza." Aqui. Na verdade, há quem, prioritariamente, olhe para Nyusi não como Moçambicano, mas como Makonde. Este é um exemplo da instintiva e paroquial fixação etnicizante - passando por sábia e comprovada em certos círculos - que leva a inferências makondizantes do género acima referido. Eis a formalização do pensamento circular dos etnofiéis:
1. Filipe Nyusi representa os interesses dos Makondes
2. Por que razão representa os interesses dos Makondes?
3. Porque Nyusi é comprovadamente Makonde
4. Que provas tem de que isso é assim?
5. Não vê que Nyusi defende os interesses dos Makondes?
Se não se importam, prossigo mais tarde.

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