08 fevereiro 2014

Os erros de Filipe Paúnde e vícios de análise (1)

Este, o primeiro número de um texto com apenas dois números.
O secretário-geral da Frelimo, Filipe Paúnde, tem tido uma grande visibilidade na imprensa, nas redes sociais digitais e na blogosfera parasita do copia/cola/mexerica. Porquê? Porque anunciou por diversas vezes que ao Comité Central da Frelimo só restava escolher um dos três précandidatos propostos pelo Comissão Política para ser o candidato do partido nas eleições presidenciais estatais previstas para este ano. Por outras palavras: outras opções estão fechadas, a Comissão Política decreta, o Comité Central obedece, os estatutos não contam. Faz tempo, porém, que nas redes sociais digitais, especialmente no Facebook, estão páginas de outros candidatos propostos por aqueles que parecem ser militantes anónimos do partido. Mais: uma carta de impugnação à decisão veiculada por Filipe Paúnde chegou ao Comité de Verificação da Frelimo. Percorrendo as muitas modalidades de análise do fenómeno no qual Paúnde aparece como figura central, facilmente se encontram as seguintes três: (1) psicofixação (do tipo "os erros de Paúnde"), (2) generalização normativa do comportamento partidário (do tipo "a Frelimo é assim") e (3) previsão cataclísmica de crise (do tipo "a Frelimo em risco de quebrar-se").
(continua)

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