12 dezembro 2013

O boato do tira-camisa e a síndrome de Muxúnguè (14)

---"No terreno, não se constatou quem foi recrutado, onde, como, quando e nem o quartel onde eles estejam a treinar, neste momento. Estas cinco evidências não são comprovadas.”
---"No terreno, a nossa equipa de reportagem interpelou muitos jovens sobre o assunto, no entanto, ninguém conseguiu apresentar prova desta informação, limitanto-se apenas a afirmar que circulava informação de que muitos jovens estavam a ser recrutados para tropa."
---"Se as pessoas definem certas situações como reais, elas são reais em suas conseqüências."
Décimo quarto número da série. Termino o sétimo ponto do sumário apresentado aqui7. Fenómenos especiais: ataques armados, eleições e actuação da FIR. As consequências desses pesadelos não foram, ainda, extintos.
O segundo fenómeno a ter em conta diz respeito às eleições. Este segundo fenómeno tem dois outros fenómenos integrados e interligados: primeiro, a ameaça da Renamo de inviabilizar as eleições autárquicas deste ano; segundo, quadros de violência registados aqui e acolá nas campanhas eleitorais, com um clímax na Munhava, tal como foi anteriormente referido.
O terceiro e último fenómeno, diz respeito à presença massiva e musculada da FIR na Estrada Nacional n.º 1, nas cidades e em intervenções violentas no decorrer de comícios e de manifestações. A forma como trajam e agem deve surgir aos olhos populares como o exercício fantástico e punitivo de seres exteriores ao comum do social.
Estes três fenómenos especiais, coadjuvados pelos outros já mencionados, constituíram a complexa coluna vertebral do boato do recrutamento compulsivo.
Se não se importam, prossigo mais tarde.
(continua)

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Só a perguntar porquê anda tanta Fir nas ruas.