27 outubro 2013

Cenários pós-Santungira (6)

Sexto número da série. Prossigo, ainda, no primeiro dos cinco pontos do sumário proposto no número inaugural, com a indicação expressa de que em todos eles apenas terei em conta pequenas hipóteses que, absolutamente, precisam ser testadas. 1. O significado de Santungira. Escrevi que a Renamo deve ser analisada enquanto liga triádica, mas com pesos diferenciais nas três componentes. Quando Dhlakama fixou residência em Santungira, ele e a elite militar hegemónica na Renamo quiseram dizer o seguinte: chegou a hora de regressarmos à história. Este regresso à história significa regressar à fórmula de Clausewitz, significa abdicar da luta política através de eleições periódicas. Digamos que, nos termos enunciados no número anterior desta série, Maputo era o futuro, Nampula o presente e Santungira é o neopassado. Mas o regresso à história tem a ver com uma ADN exclusivamente guerreira, com uma espécie de movimento peristáltico irremediavelmente castrense? Se não se importam, prossigo amanhã.
(continua)

2 comentários:

José Corvo disse...

Estou quase a entender a política Moçambicana. Fico a aguardar mais informação.
Cumprimentos

Salvador Langa disse...

Eu gostaria de saber porquê não há ainda uma história da Renamo escrita por algum dos seus membros. Ou há e eu não conheço?