23 setembro 2013

Discursos presidenciais e escritores-fantasmas em Moçambique (2)

Escrevi no número anterior desta curta série que a intervenção oral presidencial tem dois níveis: o nível da fala coloquial e o nível do discurso solene. No primeiro caso e ainda que eventualmente orientado por um guião, o presidente dialoga, improvisa com uma multidão, por exemplo num comício; no segundo, o presidente lê um discurso solene a propósito de uma data, de um acontecimento ou de um evento vital para a história do país, que, aqui e acolá, pode ser intercalado com algum improviso.
Parece ser sensato defender que os presidentes, não importa de que país, não têm tempo para escrever discursos solenes, alguém se encarrega disso. Quem são as pessoas que escrevem discursos solenes? São os escritores-fantasmas. Por quê escritores-fantasmas? E de que forma escrevem discursos? Existe um modelo, um molde?
(continua)

1 comentário:

Salvador Langa disse...

Eu bem que gostava de conhecer os nomes desses escritores. Alguém conhece?