21 dezembro 2012

A difícil fórmula da distribuição de consensos (31)

Trigésimo primeiro número da série, baseada neste trabalho de "O País" aqui. Prossigo no primeiro ponto do sumário que vos propus aqui.
1. História da ciência, cientistas sociais e algumas ambições Voltemos, porém, à sociologia, cujo território é bem mais complexo do que parece. Na verdade, ele foi marcado e continua a sê-lo pela divisão em duas grandes correntes: a corrente causal e a corrente compreensiva. A corrente causal sustenta que à retaguarda de um determinado fenómeno existe outro ou existem outros que o provocaram, que lhe são exteriores, antecedentes. Aqui o expoente é Durkheim. Esta corrente é claramente nomotética e aquela que mais namorou e namora o núcleo duro das ciências, as da natureza. Por seu turno, a corrente compreensiva defende que o fundamental é procurar o sentido que os indivíduos dão aos seus actos. Aqui há um trajecto que vai de Dilthey e Simmel a Max Weber, na sociologia alemã. Este é o núcleo ideográfico, mole, claramente rebelde ao caixilho das leis. Permitam-me prosseguir mais tarde. Problema que deu origem a esta série aqui.
(continua)

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